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Estudo mostra que até pequenas quantidades de álcool aumentam o risco de demência

05 de novembro de 2025


Uma nova pesquisa da Universidade de Oxford, publicada na revista BMJ Evidence Based Medicine, revelou que não há nível seguro de consumo de álcool para o cérebro humano, mesmo pequenas quantidades podem aumentar o risco de demência ao longo da vida.

Neste artigo, você vai entender:

-> O que o novo estudo descobriu sobre álcool e demência;
-> Por que o mito do “beber pouco faz bem” caiu por terra;
-> Como o álcool afeta o cérebro e acelera o declínio cognitivo;
-> Estratégias de prevenção e cuidado com a saúde mental.

 

O que diz o novo estudo

Pesquisadores de Oxford analisaram dados de mais de 2,4 milhões de pessoas de biobancos dos Estados Unidos e do Reino Unido, acompanhadas por até 12 anos. Nesse período, mais de 14 participantes desenvolveram algum tipo de demência.

Os resultados mostraram que o risco de demência cresce conforme o aumento do consumo de álcool, mesmo em níveis considerados baixos.

- Beber mais de 40 doses por semana aumentou o risco em 41%.
- Pessoas com diagnóstico de dependência alcoólica tiveram 51% mais risco de desenvolver demência.
- A cada 1 a 3 doses semanais adicionais, o risco subia cerca de 15%.

Além disso, o estudo refutou a ideia de que o consumo leve pudesse proteger o cérebro. Segundo os autores, essa impressão vinha de um erro estatístico conhecido como causalidade reversa, ou seja, pessoas que já estavam começando a apresentar sintomas de demência tendiam a reduzir o consumo, o que fazia parecer que beber pouco era benéfico, quando na verdade não era.

Por que o mito do “beber pouco faz bem” caiu por terra

Durante décadas, parte da literatura científica sustentou que pequenas doses de álcool, especialmente vinho, poderiam ter efeito protetor sobre o coração e o cérebro. No entanto, novas análises genéticas mostraram que qualquer quantidade de álcool está associada a alterações nocivas nas funções cerebrais.

O estudo de Oxford foi um dos mais robustos a demonstrar que o álcool atua de forma neurotóxica, mesmo em doses pequenas, interferindo na comunicação entre os neurônios e acelerando processos inflamatórios e degenerativos no sistema nervoso central.

Como o álcool afeta o cérebro

O consumo frequente de álcool, ainda que moderado, pode causar:

- Redução do volume cerebral em regiões ligadas à memória e aprendizado;
- Alterações cognitivas sutis que evoluem com o tempo;
- Maior vulnerabilidade a quadros de ansiedade, depressão e insônia;
- Envelhecimento cerebral precoce.

Esses efeitos somam-se a outros riscos já conhecidos, como doenças hepáticas, cardiovasculares e maior propensão a acidentes e comportamentos de risco.

Prevenção e cuidado

Os autores do estudo são categóricos: a melhor estratégia de prevenção é reduzir o consumo de álcool ou eliminá-lo completamente.
Quem percebe dificuldade em reduzir ou parar de beber deve procurar ajuda profissional. Psicólogos e psiquiatras especializados em dependência química podem orientar estratégias seguras de redução de danos e tratamento personalizado, com acolhimento e sigilo.

A mensagem central do estudo é clara: não existe consumo “seguro” de álcool para o cérebro. Mesmo pequenas quantidades podem comprometer a saúde cognitiva a longo prazo. Cuidar da mente envolve também repensar hábitos cotidianos e buscar apoio quando necessário.


Referência: Portal G1

 
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